Assim como destaca o empresário Aldo Vendramin, dono da Consilux Tecnologia, a mobilidade elétrica tem ganhado espaço no mundo inteiro como alternativa estratégica para reduzir as emissões de carbono e transformar a matriz de transporte. No Brasil, o tema avança com novos projetos, incentivos e modelos de negócios, mas ainda enfrenta desafios estruturais que freiam sua expansão em larga escala. A mobilidade elétrica oferece oportunidades significativas para o país, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico, mas exige uma articulação coordenada entre governo, empresas e sociedade para alcançar seu pleno potencial.
Descubra os caminhos que podem destravar de vez a mobilidade elétrica no Brasil! Entenda os desafios e as oportunidades que já estão pavimentando o futuro do transporte sustentável.
Quais são os principais entraves atuais para o crescimento da mobilidade elétrica?
Apesar do avanço inicial, a mobilidade elétrica no Brasil ainda enfrenta obstáculos importantes que dificultam sua consolidação. De acordo com o empresário Aldo Vendramin, um dos maiores desafios é o custo elevado dos veículos elétricos em comparação aos modelos tradicionais a combustão. A tributação sobre componentes importados, como baterias e motores elétricos, encarece a produção e dificulta o acesso de uma parcela maior da população a essa tecnologia. Essa barreira de entrada ainda mantém o mercado concentrado em nichos de consumidores de alto poder aquisitivo.

Outro fator limitante da mobilidade elétrica está na infraestrutura de recarga. Embora algumas capitais e rodovias já contam com estações de carregamento, a cobertura nacional ainda é muito desigual, especialmente em regiões do interior e em longas rotas intermunicipais. Sem a garantia de uma rede robusta e confiável de abastecimento elétrico, muitos consumidores permanecem receosos quanto à autonomia dos veículos e à conveniência de seu uso no dia a dia.
Além disso, a falta de incentivos fiscais e políticas públicas de longo prazo também freia a expansão da mobilidade elétrica no país. Em países líderes nesse segmento, subsídios à aquisição, benefícios fiscais, isenções de rodízio e programas de renovação de frota foram fundamentais para impulsionar o crescimento inicial. No Brasil, ainda há carência de uma política nacional articulada e contínua que estimule o investimento, reduza riscos para a indústria e incentive o consumidor final.
Como a mobilidade elétrica pode beneficiar a economia e o meio ambiente?
Segundo Aldo Vendramin, dono da Consilux Tecnologia, a adoção em massa da mobilidade elétrica pode gerar impactos econômicos positivos e contribuir de forma relevante para as metas ambientais do Brasil. A substituição progressiva dos veículos a combustão por elétricos reduziria significativamente a emissão de gases de efeito estufa e de poluentes locais, melhorando a qualidade do ar nas grandes cidades e diminuindo os gastos públicos com saúde relacionados a doenças respiratórias.
Do ponto de vista econômico, a mobilidade elétrica também pode ser uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento de novos setores produtivos no país. Com incentivos adequados, o Brasil poderia atrair investimentos em fábricas de baterias, centros de pesquisa, desenvolvimento de software embarcado e novos serviços de mobilidade urbana, gerando empregos qualificados e novas cadeias de valor industrial. A expertise nacional em biocombustíveis e energias renováveis também pode ser um diferencial competitivo nesse cenário.
O que o Brasil precisa fazer para acelerar de vez a mobilidade elétrica?
Para viabilizar o crescimento sustentável da mobilidade elétrica, o Brasil precisa adotar um conjunto coordenado de ações estratégicas. Em primeiro lugar, como frisa Aldo Vendramin, dono da Consilux Tecnologia, é fundamental revisar a carga tributária sobre veículos e componentes elétricos, especialmente em relação à importação de baterias, inversores e motores. Reduzir essas barreiras fiscais tornaria o preço final dos veículos mais competitivo, democratizando o acesso e estimulando a renovação da frota nacional.
A expansão da infraestrutura de recarga também é peça-chave para consolidar a mobilidade elétrica. Investimentos públicos e privados devem ser direcionados para ampliar a rede de eletropostos em rodovias, centros urbanos e áreas rurais. Além disso, políticas de incentivo à instalação de carregadores em condomínios residenciais, shoppings, estacionamentos e empresas são essenciais para criar um ecossistema robusto e confiável de abastecimento.
Autor: Alan Nacamoto