Belo Horizonte está em um momento histórico ao avançar para se tornar a capital do Bitcoin no Brasil. O Projeto de Lei 124/2025, que foi aprovado em primeiro turno no dia 7 de maio de 2025, estabelece a cidade como o centro do Bitcoin no país, com o objetivo de fortalecer a inovação financeira e tecnológica. A proposta, de autoria do vereador Vile Santos (PL), busca promover o uso da criptomoeda Bitcoin em transações locais, desde o pagamento de serviços municipais até compras no comércio local.
O projeto, que ainda precisa passar por uma segunda votação e ser sancionado pelo prefeito para entrar em vigor, visa não apenas tornar Belo Horizonte um polo de inovação para o Bitcoin, mas também criar um ambiente de maior liberdade financeira para seus cidadãos. A ideia central é permitir que a população tenha a opção de pagar impostos, taxas e serviços usando Bitcoin, além de estimular a adoção da criptomoeda por comerciantes e empresas na cidade. Com isso, Belo Horizonte pode se tornar um hub de criptoativos e atrair mais investimentos tecnológicos para o estado.
A aprovação do PL 124/2025 foi comemorada por muitos, mas também encontrou oposição dentro da própria Câmara Municipal. Entre os vereadores contrários ao projeto está Pedro Rousseff (PT), sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff, que votou contra a proposta. Além dele, outros vereadores de partidos como PSOL e PT também se posicionaram contra o projeto, enquanto o PL obteve 31 votos favoráveis e 5 contrários, com 1 abstenção, refletindo um apoio considerável à transformação de Belo Horizonte em um centro de criptoativos.
Além da criação de um ambiente favorável ao Bitcoin, a proposta inclui a realização de eventos e a promoção de pesquisas e desenvolvimentos ligados às criptomoedas. A adoção de tecnologias como o Bitcoin é vista como uma forma de Belo Horizonte se posicionar na vanguarda da transformação digital do Brasil, promovendo uma cidade mais moderna, conectada com as tendências globais e atenta às necessidades de inovação no setor financeiro.
Essa proposta tem como objetivo também facilitar a inclusão financeira da população, especialmente aqueles que ainda não têm acesso a serviços bancários tradicionais. Ao adotar o Bitcoin como uma forma alternativa de pagamento, a cidade pode aumentar a acessibilidade de seus cidadãos às ferramentas financeiras digitais, criando um sistema mais inclusivo e democrático.
O debate sobre o Bitcoin em Belo Horizonte reflete uma tendência crescente no Brasil, onde mais de 10 milhões de brasileiros já investem em criptomoedas, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). O país tem se destacado no cenário internacional pela adoção e regulamentação das criptomoedas, com diversas iniciativas que visam garantir a segurança e transparência das transações no mercado de criptoativos.
Com Belo Horizonte se tornando a Capital do Bitcoin, a cidade pode se beneficiar ainda mais do crescente mercado de criptomoedas no Brasil. Além disso, essa iniciativa pode atrair investimentos de empresas de criptoativos, startups de tecnologia e até mesmo eventos internacionais relacionados ao Bitcoin e outras moedas digitais. O projeto não só coloca a cidade como um exemplo no uso de criptomoedas, mas também poderá fortalecer sua posição no cenário global de inovação tecnológica.
Por fim, a aprovação do projeto em primeiro turno é um marco importante para a cidade e para o mercado de criptomoedas no Brasil. Caso o projeto seja aprovado em segundo turno e sancionado pelo prefeito, Belo Horizonte poderá se consolidar como um modelo para outras cidades brasileiras que desejam adotar tecnologias emergentes e inovadoras, criando uma economia mais aberta, transparente e sustentável.
Autor: Alan Nacamoto